Segundo o investidor especializado em economia e em finanças, Otávio Oscar Fakhoury, as políticas de estímulo econômico são ferramentas utilizadas pelos governos e bancos centrais para incentivar o crescimento da economia, especialmente em períodos de crise ou desaceleração. Essas políticas podem ser fiscais ou monetárias, e cada uma desempenha um papel diferente na recuperação econômica.
Mas como essas medidas realmente afetam a economia e o mercado financeiro? Veja, a seguir.
Como as políticas fiscais incentivam a economia?
As políticas fiscais de estímulo envolvem ações do governo, como aumento de gastos públicos ou redução de impostos, para aquecer a economia, como pontua o empresário Otávio Oscar Fakhoury. Pois, quando o governo investe em infraestrutura, saúde ou educação, ele cria empregos e aumenta a renda das famílias, incentivando o consumo e impulsionando o crescimento econômico.
Da mesma forma, cortes de impostos dão às pessoas e empresas mais dinheiro para gastar e investir, o que também aquece o mercado. Entretanto, essas políticas têm um custo. O aumento dos gastos públicos pode elevar a dívida do governo, enquanto a redução de impostos pode diminuir a arrecadação.
Por isso, conforme ressalta Otávio Oscar Fakhoury, a eficácia das políticas fiscais depende de um equilíbrio cuidadoso entre estimular a economia e manter a sustentabilidade fiscal. Assim, quando bem aplicadas, essas medidas ajudam a economia a se recuperar e criam um ambiente mais favorável para os negócios.
De que forma as políticas monetárias afetam os mercados financeiros?
As políticas monetárias de estímulo são conduzidas pelos bancos centrais e geralmente envolvem a redução das taxas de juros ou a compra de ativos financeiros. Quando os juros caem, os empréstimos ficam mais baratos, incentivando empresas a investir e consumidores a gastar. Assim, com juros mais baixos, os investidores buscam ativos com maior retorno, como ações e imóveis, o que pode levar à valorização desses mercados. No entanto, um excesso de estímulo monetário pode criar bolhas de ativos, que, se estourarem, geram instabilidade econômica.
O impacto combinado dessas políticas na economia
De acordo com o ex-executivo de grandes bancos internacionais, Otávio Oscar Fakhoury, quando usadas em conjunto, as políticas fiscais e monetárias podem amplificar seus efeitos na economia. Por exemplo, durante crises, um governo pode aumentar seus gastos enquanto o banco central reduz os juros. Isso cria um ciclo de estímulo: o consumo e o investimento crescem, gerando mais empregos e aumentando a produção.
Porém, a aplicação excessiva dessas políticas pode gerar problemas como inflação alta ou desequilíbrios fiscais. Além disso, se não forem bem coordenadas, essas medidas podem se anular. Um exemplo é quando o governo tenta estimular a economia enquanto o banco central adota medidas restritivas. Por isso, a eficiência do estímulo econômico depende de uma coordenação cuidadosa entre as políticas fiscal e monetária.
Uma utilização que precisa ser bem planejada
Em última análise, as políticas de estímulo econômico desempenham um papel importante em momentos de crise ou desaceleração, ajudando a estabilizar mercados e a promover o crescimento. No entanto, essas medidas precisam ser aplicadas com responsabilidade e monitoradas de perto para evitar efeitos adversos, como inflação ou desequilíbrios no mercado financeiro. Portanto, quando bem planejadas, as políticas fiscais e monetárias podem criar um ambiente econômico mais sólido, beneficiando tanto consumidores quanto investidores.