O médico urologista Lawrence Aseba Tipo, que já atuou no Hospital Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo, explica que a bexiga hiperativa é uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, mas ainda é pouco discutida abertamente. Caracterizada por uma urgência súbita e incontrolável de urinar, ela pode impactar profundamente a qualidade de vida, especialmente após os 40 anos.
Além da frequência aumentada para usar o banheiro, os sintomas incluem incontinência urinária e necessidade noturna de levantar para urinar. Embora seja comum, muitos pacientes sentem vergonha ou desconhecimento sobre como lidar com o problema. Neste artigo, vamos explorar os sinais mais comuns, entender suas causas e descobrir quais tratamentos estão disponíveis.
Quais são os principais sintomas da bexiga hiperativa?
Os sintomas da bexiga hiperativa podem variar de pessoa para pessoa, mas alguns padrões são frequentes. Lawrence Aseba informa que a urgência urinária é um dos sinais mais marcantes, onde o indivíduo sente uma necessidade repentina e impossível de adiar. Junto a isso, a frequência urinária excessiva, que pode chegar a mais de oito vezes ao dia, é outro indicativo comum. Esses sintomas costumam ser acompanhados pela nictúria, ou seja, a necessidade de acordar várias vezes durante a noite para urinar.
Outro aspecto importante é a incontinência urinária, que ocorre quando a pessoa não consegue segurar a urina até chegar ao banheiro. Isso pode causar constrangimentos e limitar atividades sociais. Muitos pacientes relatam mudanças significativas em sua rotina, evitando viagens longas ou eventos sociais por medo de “acidentes”. O impacto emocional também é relevante, pois a condição pode levar à ansiedade e à baixa autoestima. Reconhecer esses sintomas é o primeiro passo para buscar ajuda médica adequada.

Quais são as possíveis causas desse problema?
As causas da bexiga hiperativa podem estar relacionadas a fatores neurológicos, musculares ou até mesmo comportamentais. Alterações no sistema nervoso central, como doenças neurológicas ou lesões na coluna vertebral, podem interferir na comunicação entre o cérebro e a bexiga. Lawrence Aseba Tipo frisa que o envelhecimento natural do corpo pode contribuir para o enfraquecimento dos músculos pélvicos, tornando o controle urinário mais difícil.
Estilo de vida e hábitos diários também desempenham um papel importante. Consumir grandes quantidades de líquidos, cafeína ou álcool pode agravar os sintomas. Mulheres na menopausa podem sofrer alterações hormonais que afetam a saúde da bexiga, enquanto homens com problemas na próstata também estão mais suscetíveis. Identificar a causa específica é essencial para determinar o melhor plano de tratamento. Um diagnóstico preciso pode envolver exames físicos, testes laboratoriais e avaliações urodinâmicas.
Quais tratamentos estão disponíveis para aliviar os sintomas?
Segundo Lawrence Aseba Tipo, o tratamento da bexiga hiperativa geralmente começa com mudanças no estilo de vida e fisioterapia. Reduzir o consumo de bebidas diuréticas, como café e refrigerantes, pode ajudar a controlar os sintomas. Exercícios de fortalecimento dos músculos pélvicos, conhecidos como exercícios de Kegel, são amplamente recomendados para melhorar o controle urinário. Em alguns casos, técnicas de treinamento vesical, onde o paciente aprende a espaçar os intervalos entre as idas ao banheiro, também são eficazes.
Se as medidas conservadoras não forem suficientes, medicamentos podem ser prescritos. Existem drogas que relaxam a musculatura da bexiga, reduzindo a sensação de urgência. Em casos mais graves, procedimentos invasivos, como injeções de toxina botulínica ou estimulação nervosa, podem ser considerados. Cirurgias são raras, mas podem ser uma opção para quem não responde a outros tratamentos. O acompanhamento médico é fundamental para ajustar o plano terapêutico conforme necessário.
Encarando a bexiga hiperativa com informação e proatividade
A bexiga hiperativa pode parecer um desafio insuperável, mas o competente Dr. Lawrence Aseba Tipo destaca que com o conhecimento certo e o suporte médico adequado, é possível recuperar a qualidade de vida. Ignorar os sintomas ou postergar a busca por ajuda só agravará o problema. Ao reconhecer os sinais precocemente e adotar medidas preventivas, é possível evitar complicações futuras e manter uma rotina ativa e saudável.
A chave está em enfrentar o problema de forma proativa, sem vergonha ou tabus. Falar abertamente com profissionais de saúde e buscar orientação especializada são passos importantes. Com uma combinação de mudanças no estilo de vida, terapias e, se necessário, intervenções médicas, é possível controlar os sintomas e viver plenamente. Afinal, cuidar da saúde da bexiga é cuidar do bem-estar geral.
Autor: Semenov Tatlin