De acordo com o advogado Carlos Alberto Arges Junior, o planejamento tributário é uma estratégia lícita utilizada por empresas para reduzir a carga tributária de forma legal. No entanto, quando essa prática ultrapassa certos limites, pode ser interpretada como sonegação fiscal, configurando um crime contra a ordem tributária. Essa linha tênue entre o permitido e o ilegal pode trazer riscos penais significativos para os empresários.
Neste contexto, é essencial compreender quais são os limites do planejamento tributário, como a legislação trata a sonegação fiscal e quais são as consequências penais para os empresários que ultrapassam esses limites. Vamos explorar essas questões a seguir.
Qual a diferença entre planejamento tributário e sonegação fiscal?
O planejamento tributário consiste na adoção de estratégias legais para reduzir a carga de tributos, como escolha do regime tributário mais vantajoso, aproveitamento de incentivos fiscais e reestruturação societária. Essas práticas são permitidas pela legislação e fazem parte da gestão financeira das empresas.

Segundo Carlos Alberto Arges Junior, por outro lado, a sonegação fiscal ocorre quando a empresa omite informações, falsifica documentos ou utiliza esquemas fraudulentos para reduzir ou eliminar tributos devidos. Essa prática é considerada crime e pode resultar em severas penalidades, incluindo multas elevadas e até mesmo prisão para os responsáveis.
Como a legislação trata a sonegação fiscal?
No Brasil, a sonegação fiscal é tipificada na Lei n.º 8.137/1990, que define crimes contra a ordem tributária. A legislação prevê punição para condutas como fraudar fiscalização, falsificar documentos e omitir informações para evitar o pagamento de tributos. As penas podem variar de reclusão a multas expressivas.
Além disso, a legislação permite que o pagamento do tributo devido extinga a punibilidade em alguns casos, incentivando a regularização fiscal, destaca o Dr. Carlos Alberto Arges Junior. No entanto, em situações de fraude comprovada, os responsáveis podem ser processados criminalmente mesmo que efetuem o pagamento dos impostos atrasados.
Quais são os riscos penais para o empresário que ultrapassa os limites legais?
Os empresários que praticam sonegação fiscal podem enfrentar graves consequências penais, incluindo a reclusão de dois a cinco anos, dependendo da gravidade do crime. Além disso, multas podem ser aplicadas, comprometendo a saúde financeira da empresa e afetando sua reputação no mercado.
Outro risco é a inclusão do empresário em listas de inadimplentes, o que pode dificultar a obtenção de créditos e financiamentos. Para Carlos Alberto Arges Junior, empresas envolvidas em escândalos de sonegação também podem perder credibilidade junto a investidores e clientes, prejudicando suas atividades comerciais e crescimento no mercado.
Portanto, como enfatiza o advogado Carlos Alberto Arges Junior, o planejamento tributário é uma ferramenta importante para otimizar a carga fiscal das empresas, mas deve ser realizado dentro dos limites legais para evitar riscos penais. Agir com transparência e responsabilidade fiscal não apenas evita sanções, mas também fortalece a reputação e a sustentabilidade do negócio a longo prazo.
Instagram: @argesearges
LinkedIn: Carlos Alberto Arges Junior
Site: argesadvogados.com.br
Autor: Semenov Tatlin
Fonte: Assessoria de Comunicação da Saftec Digital