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Público gamer prefere jogar pelo celular, aponta pesquisa

O consumo de jogos eletrônicos no Brasil atingiu a maior marcar histórica, com 74,5% da população do Brasil afirmando jogar games em 2022, de acordo com a 9ª edição da Pesquisa Game Brasil (PGB). O levantamento mostra que cerca de 3 em cada 4 brasileiros jogam jogos eletrônicos, um crescimento de 2,5 pontos percentuais em relação a 2021, além de revelar que 48,3% dos gamers preferem jogar pelo celular.

O engajamento do público com jogos eletrônicos aparece ainda mais forte quando se observa que, para 76,5% dos gamers, os jogos eletrônicos são a principal forma de entretenimento. Este número apresenta um aumento progressivo: registrou 57,1% em 2020 e 68% em 2021, totalizando um aumento de 8,5 pontos percentuais nesta edição.

A pesquisa também mostra que as mulheres são maioria entre o público de jogos eletrônicos no país, representando 51% dos brasileiros que jogam games. A estudante universitária Yasmin de Sousa, de 19 anos, faz parte do universo de jogos mobile há mais de 6 anos. Por ter uma rotina bastante agitada, ela buscou nos jogos eletrônicos uma forma de distrair, relaxar e passar o tempo. “Eu sempre tive muito interesse por jogos de celular. A minha rotina sempre foi muito corrida, então pra não ficar naquela mesmice de ficar no celular quando chegava em casa, eu comecei a jogar, aí eu me apaixonei por esse mundo, principalmente porque o console hoje em dia é muito mais caro, foi uma solução prática que eu tive pra me distrair”, revela.

De acordo com a PGB, é pela tela do smarthphone que a maioria do público joga todos os dias (33,2%). Nos computadores, quem joga diariamente representa 15,3% dos jogadores do país, e nos consoles, 11,8%. No entanto, sessões mais longas de jogatinas, como de uma a três horas seguidas, são mais praticadas em computadores (37,9%) e consoles (34,8%). Nos celulares, este dado é de 31,7%, enquanto que jogar por até uma hora é costume de 33,7% do público dos smartphones.

Jogos como Free Fire, Call Of Duty e Brawl Stars se tornaram o principal hobby de Yasmin, principalmente durante a pandemia quando a estudante chegou a participar de campeonatos com os amigos. “Eu jogo todo dia, não como foi na pandemia, mas jogo. Pretendo voltar a investir nos campeonatos. Não tem idade para jogar, principalmente no mobile. Os jogos abrem muita oportunidade pra todo mundo”, avalia a jogadora.

Com o crescimento no número de adeptos dos jogos eletrônicos, também surgem novas modalidades, como é o caso dos e-Sports, uma abreviação para Eletronic Sports (esportes eletrônicos, em tradução livre). Segundo a PGB 2022, os e-Sports agora são conhecidos por 81,2% dos gamers no Brasil – crescimento de 32,8 pontos percentuais em comparação com a edição de 2021.

Flávio Matheus (à esq.) e Thyago Aleksander (à dir.) compõe um time especializado em e-SportsFlávio Matheus (à esq.) e Thyago Aleksander (à dir.) compõe um time especializado em e-Sports (Filipe Bispo / O Liberal)
Os jogadores profissionais Thyago Aleksander e Flávio Matheus, ambos de 20 anos, conhecem bem o universo dos e-Sports. Eles fazem parte da Ady e-Sports, uma organização paraense de esportes eletrônicos formada a cerca de um ano e meio e que já reúne mais de dez títulos. Atualmente, a organização é focada no treinamento de jogadores de Free Fire para campeonatos presenciais e on-line.

Apesar do jogo já ter versão para computador, seu maior público ainda são os usuários de smartphone. “O jogo veio primeiro para mobile e rodava na maioria dos celulares. Com a adaptação do jogo, ele foi ficando mais pesado, mas o grande público do Free Fire é a versão mobile”, explica Thyago, manager da equipe.

“Eu me adaptei muito no mobile porque é o celular, você pega e pode jogar em qualquer lugar. Por exemplo, atletas de CS: GO (Counter-Strike: Global Offensive) tem que ter uma máquina pra logar onde for jogar um campeonato presencial, a gente não, é só levar o celular que consegue jogar de lá mesmo, sem muita complicação. É muito mais acessível, a pessoa não precisa pagar R$ 6 mil em um PC gamer, ela pode ter um celular mais básico e conseguir jogar como todo mundo”, acrescenta Flávio.

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